domingo, 5 de julho de 2009

Trova de saudade




Qualquer lua, sem estrelas
É só lua solitária
Alumia sob as telhas
O resôo da toada

De um triste trovador
Trovejando pra'espantar
O que só lhe traz a dor
E emudece o cantar.

É saudade que rasteja
Sorrateira pelo meu
Céu que já é só quieteza
Sem a benção de Orfeu.

A garganta tece seca
Versos que voam com o vento
Água alguma que se beba
Faz vencer o desalento.

Canta trovador, encanta!
As estrelas vão-se embora.
Canta trovador, que tanta
Lua assim sozinha, chora.


André Yonezawa
02/07/09

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