Qualquer lua, sem estrelas
É só lua solitária
Alumia sob as telhas
O resôo da toada
De um triste trovador
Trovejando pra'espantar
O que só lhe traz a dor
E emudece o cantar.
É saudade que rasteja
Sorrateira pelo meu
Céu que já é só quieteza
Sem a benção de Orfeu.
A garganta tece seca
Versos que voam com o vento
Água alguma que se beba
Faz vencer o desalento.
Canta trovador, encanta!
As estrelas vão-se embora.
Canta trovador, que tanta
Lua assim sozinha, chora.
André Yonezawa
02/07/09
02/07/09
Nenhum comentário:
Postar um comentário