segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Gente, não me matem! Ok, eu sei que eu sou a "blogueira" mais relaxada de todas... mas... me desculpem pela demora? :( E de qualquer forma eu não criei nada novo (na realidade tenho vários textos prontos, mas que não estão comigo). E por isso vou postar algo que representa muito o MEU momento. E é do gênio, né. :)

Eu, Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos. Já liguei só pra ouvir uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!
Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida... E você também não deveria passar! Viva ! Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante.

Charlie Chaplin.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Um pequeno passo para o homem

(Só para constar, este texto foi escrito três dias depois do quadragésimo aniversário da chegada do homem à Lua)

Existe além do carpete cor de palha, um piso de madeira... Está velho e gasto, mas ainda está. Além do piso, passou ainda a poucos instantes uma barata pela velha tubulação. Ela passou despreocupada, pois lá em baixo, não há quem a queira pisar, não há mesmo! E ela caminhou por alguns minutos, uma eternidade para quem tem vida tão curta e tão dura. Parou na beira de uma vala qualquer, e pensou (se é que barata pensa) em seu jantar... Se pudesse, sei que comeria caviar com trufas, ou filé à moda da casa, mas na falta de algo melhor, baratas comem... O que as baratas comem? Insetos menores, eu acho. Nunca estudei as baratas em toda a minha vida. Se eu for parar para pensar, na verdade estudei muito pouco, e tudo inútil. Não me interessa saber que o meristema é responsável pelo crescimento da planta, poxa! Ela cresce, não cresce? Isso seria mais do que o suficiente. Ai, se um dia me perguntarem o que comem as baratas, eu vou responder; "Não sei, mas sei que as plantas crescem por causa dos meristemas...". Mas isso não vem ao caso, voltemos à barata. Lá estava a barata, pensando em caviar e filé enquanto comia pequenos insetos (?) e bebia... Barata bebe? Acho que não, mas nenhum ser vivo vive sem água, então barata bebe. Retomando, e bebia uma deliciosa água recém-chovida em uma poça cristalina, quando, repentinamente desviou sua atenção da comida, e reparou em um ser humano passando pela rua... O filé queimou e o caviar acabou de repente, e na cabeça da barata, só havia o ser humano. Não o ser humano que está agora deitado em sua cama box com seu travesseiro de pena de ganso, e sim aquele que caminhava encharcado pela chuva que acabara de cair... Que caminhava sem pressa pela escuridão, sem medo. A barata, que também não tinha medo, perguntou a si mesma se seria aquele ser humano, lá no fundo, semelhante a ela... Ele certamente não comia caviar com trufas, muito pelo contrário, provavelmente algo um pouco melhor que os pequenos insetos... Não vivia pelos velhos encanamentos, mas certamente seu pequeno AP era repleto destes.
A barata pensou em se comunicar com aquele ser, que apesar de tão grande, lhe parecia agora tão igual, mas não sabia falar... Hesitou então. Precisava pensar rápido, pois seu irmão agora caminhava mais apressado, voltava a chover. Decidiu então, numa louca atitude, correr atrás dele e se comunicar como fosse possível. Daí, como nunca em sua vida, disparou pelo asfalto. Não havia mais o carpete macio cobrindo o piso, que por sua vez a deixava segura no encanamento, mas havia a coragem, toda a coragem do mundo em uma barata (Isso me soôu meio irônico, eu detesto baratas). Naquela hora, não haviam exércitos capazes de pará-la, era uma maratona solitária, uma busca por um elo qual ela tinha total certeza de que se criaria. A barata e o homem, o homem e a barata... As patinhas quase se desprendiam do corpo, mas, se ela era capaz de sobreviver até a uma explosão atômica, não cederia por algo tão importante e tão próximo.
Há quarenta anos e três dias o homem chegava lá, chegava na Lua, e descobria que, para a decepção de todos não tinhamos um queijão suiço rodeando a Terra. Hoje, quarenta anos e três dias depois, a barata chegou lá usando de todo o seu esforço de pequeno artrópode, mas claro, não disse uma frase marcante como a de Neil Armstrong porque barata não fala. Não houve também trilha sonora (apesar de eu achar que Moby cairia muito bem com o momento). Contrariando todas as leis da natureza, a barata afinal descobriu seu elo com o homem, e três milésimos de segundo depois, descobriu que esse elo doia mais do que qualquer dor que já havia sentido. Mais do que qualquer Hiroshima devastada. MALDITO SAPATO 42!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

pai!

Nesta postagem dei-me ao trabalho de homenagear uma das figuras (presente ou não) em nosso dia-a-dia: nossos pais.
"O Dia dos Pais tem origem na antiga Babilônia há mais de quatro mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai."

Segundo domingo de agosto no Brasil, e tantos outros dias por ai.
Mas sempre o mesmo: pai.
Pai que deixa o filho, pai que não larga de nenhum jeito; pai que esquece, que sente saudade; pai que não tem mais filho, filho que não tem mais pai; pai que não sabe se é pai, e que nunca vai saber; pai que te irrita, pai sério, pai de circo; pai desleixado, pai que saiu de casa, pai que faz de tudo pra estar em casa, e pra botar algum dinheiro ali. Pai que conquista, pai que destrói... Mas ainda, pai.
Pai assim, daquele jeito...
Aqui, festejado pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953. Mas antes de toda essa jogada da mídia e dos lucros ganhos em cima, tem o seu significado, o realmente importante: o valor e o respeito que damos a ele.
Pai é sempre herói, por mais anti-herói que por fora seja.
Domingo, presentes, família, recordações, avôs (mais ainda pais), mais presentes, almoço, abraços, sorrisos.
Precisam de palavras? Aqui, um abraço vale muito mais.
E quanta gente não consegue falar com seu ‘herói’, não consegue trocar nada mais que um bom dia, ou apenas algumas poucas noticias jogadas fora, é assim.
Não existe nenhum lugar escrito que para amarmos alguém temos que nos dar 100% bem com a pessoa. Não existe. Ainda mais quando o seu pai decide ser um daqueles brincalhões, inconvenientes nas piores horas, vontade é a de socar, mas agüenta, você será assim um dia.
E quando ainda vem com história de que ‘isso será para o seu próprio bem’? Sim, isso dói, mas em quase todas às vezes – quase - ele está falando sério. Ou ele simplesmente fala isso pra não ter que ir às 4 horas da manhã te pegar em algum posto/lugar/festa/ou sabe-se lá aonde.
E também, quem um dia vai estar na posição de pai é você, vai ter um filho que vai querer fazer tudo o que os outros amigos fazem, sendo escondido ou não. Vai ter que criar a ‘caixinha’ pronta para cada sermão de tal dia. Você que vai ter que buscar seu filho às 4 da manhã num posto no meio do nada. E para os que, por alguma desventura terão filhas, vão ter que agüentar o querido namorado dela dando um ‘perdido’ nas suas cervejas. Acredite, vocês vão reclamar disso.
Pai se faz de difícil quando o filho vai, e diz que também gosta de ter um quarto a mais na casa, mas mesmo assim ainda fica triste...Triste. Aquele quarto vazio, sabe que vai dar aquele aperto, aquela saudade. E quando filho volta? Põe a casa a baixo pra brigar. Só pra se fazer de ‘fortão’.
Só para não te deixar lembrar das lágrimas caídas na formatura ou no seu aniversário de 15 anos. É, é assim.
E pai que só tem filhas então? Que doa saber que o responsável por só ter meninas é ele, e que a espera do tal campeão vai ser a mais em vã possível, mas também, não trocaria nenhuma das meninas, por mais que odeiem futebol, carros e seus afins.
Por menos que ele te acompanhe na vida e por mais que ele tenha te deixado falando com as paredes, ele vai ter o mínimo de uma pontinha de orgulho do que nos tornaremos um dia, afinal, cada conquista nossa, é uma vitória para ele.
E por último, mas de muito longe o menos importante, como já dizia Vinícius de Moraes: “Quem nunca teve um pai que ronca não sabe o que é ter pai”.
Acho que nenhum comentário é realmente necessário (principalmente depois de todas as noites em que os roncos teimaram em atravessar as paredes e atingiram o nosso sono).
Assim...É assim.
Pai é chato e sabe ser ruim, sabe fingir e sabe que tem horas que tem que fazer o maior desagrado possível, mas nunca nos deixará para trás, pelo menos, é o que esperamos dele.
Da forma que for, do jeito que seja, pai é importante sim! E por mais difícil que isso agora pareça, respeite essa figura paterna, por que um dia (ai, um dia!), você sentirá uma saudade incondicional dele, e ficará a pensar: qual seria o sermão dessa vez?

A todos os Pais, ausentes, presentes, de consideração, inconseqüentes, companheiros, heróis...E especialmente, ao meu pai.