sexta-feira, 7 de agosto de 2009

pai!

Nesta postagem dei-me ao trabalho de homenagear uma das figuras (presente ou não) em nosso dia-a-dia: nossos pais.
"O Dia dos Pais tem origem na antiga Babilônia há mais de quatro mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai."

Segundo domingo de agosto no Brasil, e tantos outros dias por ai.
Mas sempre o mesmo: pai.
Pai que deixa o filho, pai que não larga de nenhum jeito; pai que esquece, que sente saudade; pai que não tem mais filho, filho que não tem mais pai; pai que não sabe se é pai, e que nunca vai saber; pai que te irrita, pai sério, pai de circo; pai desleixado, pai que saiu de casa, pai que faz de tudo pra estar em casa, e pra botar algum dinheiro ali. Pai que conquista, pai que destrói... Mas ainda, pai.
Pai assim, daquele jeito...
Aqui, festejado pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953. Mas antes de toda essa jogada da mídia e dos lucros ganhos em cima, tem o seu significado, o realmente importante: o valor e o respeito que damos a ele.
Pai é sempre herói, por mais anti-herói que por fora seja.
Domingo, presentes, família, recordações, avôs (mais ainda pais), mais presentes, almoço, abraços, sorrisos.
Precisam de palavras? Aqui, um abraço vale muito mais.
E quanta gente não consegue falar com seu ‘herói’, não consegue trocar nada mais que um bom dia, ou apenas algumas poucas noticias jogadas fora, é assim.
Não existe nenhum lugar escrito que para amarmos alguém temos que nos dar 100% bem com a pessoa. Não existe. Ainda mais quando o seu pai decide ser um daqueles brincalhões, inconvenientes nas piores horas, vontade é a de socar, mas agüenta, você será assim um dia.
E quando ainda vem com história de que ‘isso será para o seu próprio bem’? Sim, isso dói, mas em quase todas às vezes – quase - ele está falando sério. Ou ele simplesmente fala isso pra não ter que ir às 4 horas da manhã te pegar em algum posto/lugar/festa/ou sabe-se lá aonde.
E também, quem um dia vai estar na posição de pai é você, vai ter um filho que vai querer fazer tudo o que os outros amigos fazem, sendo escondido ou não. Vai ter que criar a ‘caixinha’ pronta para cada sermão de tal dia. Você que vai ter que buscar seu filho às 4 da manhã num posto no meio do nada. E para os que, por alguma desventura terão filhas, vão ter que agüentar o querido namorado dela dando um ‘perdido’ nas suas cervejas. Acredite, vocês vão reclamar disso.
Pai se faz de difícil quando o filho vai, e diz que também gosta de ter um quarto a mais na casa, mas mesmo assim ainda fica triste...Triste. Aquele quarto vazio, sabe que vai dar aquele aperto, aquela saudade. E quando filho volta? Põe a casa a baixo pra brigar. Só pra se fazer de ‘fortão’.
Só para não te deixar lembrar das lágrimas caídas na formatura ou no seu aniversário de 15 anos. É, é assim.
E pai que só tem filhas então? Que doa saber que o responsável por só ter meninas é ele, e que a espera do tal campeão vai ser a mais em vã possível, mas também, não trocaria nenhuma das meninas, por mais que odeiem futebol, carros e seus afins.
Por menos que ele te acompanhe na vida e por mais que ele tenha te deixado falando com as paredes, ele vai ter o mínimo de uma pontinha de orgulho do que nos tornaremos um dia, afinal, cada conquista nossa, é uma vitória para ele.
E por último, mas de muito longe o menos importante, como já dizia Vinícius de Moraes: “Quem nunca teve um pai que ronca não sabe o que é ter pai”.
Acho que nenhum comentário é realmente necessário (principalmente depois de todas as noites em que os roncos teimaram em atravessar as paredes e atingiram o nosso sono).
Assim...É assim.
Pai é chato e sabe ser ruim, sabe fingir e sabe que tem horas que tem que fazer o maior desagrado possível, mas nunca nos deixará para trás, pelo menos, é o que esperamos dele.
Da forma que for, do jeito que seja, pai é importante sim! E por mais difícil que isso agora pareça, respeite essa figura paterna, por que um dia (ai, um dia!), você sentirá uma saudade incondicional dele, e ficará a pensar: qual seria o sermão dessa vez?

A todos os Pais, ausentes, presentes, de consideração, inconseqüentes, companheiros, heróis...E especialmente, ao meu pai.

2 comentários:

  1. Óraite!
    Era pra eu estar estudando química... Tenho prova daqui a algumas horas, não sei porra nenhuma. Definitivamente uma das últimas coisa que eu deveria estar fazendo, é lendo zebra xadrez. Mas eu o faço porque sei que sempre vale a pena, tanto desta quanto de todas as outras vezes que li, e para, também, todas as vezes que lerei.
    Parabéns Ká, maravilhosa a homenagem.

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