quarta-feira, 29 de abril de 2009

Seus Olhos

Dedico este àquela que me inspirou.
E a todos que tem um olhar tão profundo quanto aos que narrarei...



Seus olhos sempre me deixaram, e continuam deixando-me, absorta, abobalhada. Não pela cor, ou formato, mas pela maneira com que eles encaram o mundo... tão firmes que me arrepiam.

Seus olhos tem uma profundidade inimaginável, algo quase inexistente. Buscam por amor, mostrando que haverá retribuição de uma forma verdadeira. Querem a mesma sinceridade vinda do outro com a qual eles vos dirigem. Desejam a mesma seriedade quando se trata de se entregar a alguém. Eles sofrem - eles são únicos.

Seus olhos que lavam almas quando estas estão aos prantos. Que trazem alegria quando corpos precisam de ânimo; que levam esperança e coragem a quem implora por uma saída. Que doam bondade a quem necessita, e que aprendem a falar quando palavras são insuficientes. Que sabem ser levados a sério nos momentos que precisam, mas são lembrados com muito riso por terem presenciado situações alegres.

Seus olhos que me trazem lembranças tão remotas de tempos bons, quando convivíamos. Eles mostraram-me a certeza, o poder, a verdade - e a beleza. Acima de tudo seus olhos são belos; belos de tão ingênuos e singelos. A harmonia paira, e a simetria ajuda. São originais; de tanta personalidade são quase personificados. Seus olhos são iluminados, divinos. Uma hora tal luz irá engraquecer, mas continuará intensa para quem já a viu - sabendo que ela nunca se apagará por completo.

sábado, 25 de abril de 2009

Haver (uma trilha sem rumo...)

Haver

O texto qual posto hoje, foi trabalhado com um carinho especial, pois foi escrito a pedido de uma grande amiga minha. Ela queria algo que a ajudasse a encontrar o caminho certo a rumar na vida, e que também "matasse" um pouco dessa angustia que existe em relação ao amanhã. No final das contas, enquanto escrevia, acabei encontrando um pouco mais de paz dentro de mim mesmo, e foi com ajuda dessa paz que trabalhei durante o mês que passei "peneirando" meu pensamento sobre o que um dia virá a acontecer em nossas vidas. Tal escrito foi de grande bem e importância tanto para mim, quanto para essa minha amiga, então, no mais, espero que gostem.

Um grande abraço.





Haver


Letra por letra, traço no papel uma trilha sem rumo... Cada palavra passada bifurca meu mundo, parte em cacos canto a canto a minha arte, encobre, divide, apaga e reescreve.
Escrevo enquanto a trilha sem rumo só se estende.
Não há sentido que me guie pelo som hipnótico do lápis rabiscando o papel, sinfonia que precede ou prolonga o fim de cada estória.

Não sei resistir, tampouco re-existir a cada novo final. Quero mais, mas não sei como tê-lo... Fecho minha mente por escassez de palavras. Os devaneios que em mim se formam não se algemam a dicionários e gramáticas, vão além do alcance da língua... Beiram o céu e o inferno. Busco na veia, com cada gota de sangue, uma migalha de pão que retome o meu norte, e busco com tal intensidade, que perco toda a certeza sobre qualquer busca. Ai então, só fecho os olhos para sentir os riscos e rasgos do desfazer da grafite.

Escrevo enquanto a trilha sem rumo só se estende... Preencho com gracejos e lampejos da certeza do incerto que me aguarda. Além de cada folha se esconde talvez um novo tesouro, ou quem sabe qualquer segredo... Pedras e sementes, desertos, sóis, maçãs... Dores. Alma alguma se contenta apenas com um rodapé, que posso fazer então? Enquanto houver espaço, corpo, tempo, e algum modo de dizer não; Escrevo.

E meus olhos por vezes cedem ao cansaço, e pedem pelo repouso no remanso de um rio da vida, os pés na água me afogam por inteiro, correm lá minhas próprias idéias, como peixes ou borbulhas. A correnteza há de me levar, sequer reluto. Não há luta, apenas o tempo.

Escrevo enquanto a trilha sem rumo só se estende... Além de qualquer vale, corta a trilha. E ai daquele que com o olhar tentar ver o fim de sua estrada, pois tal é tão distante quanto o ouro ao cabo do arco-íris. O vento há de guiar os passos. Não tem pressa, apenas o tempo.

Brilham no céu as estrelas, e cá qual mão suave, borras de chá ou cartas abertas hão de dizer o que os astros sabem? E qual constelação há de ensinar o viver ao tempo? Para que olhar os ponteiros do relógio, esperando a meia-noite e imaginando o novo dia? Temos mais é de viver o agora. Quanto ao depois, deixá-lo-emos com o tempo... Por hora, apenas viro a página, e escrevo enquanto a trilha sem rumo só se estende.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tem-se jeito!

Quero compartilhar algo que eu fiz para o colégio com vocês, e particularmente eu gostei. Nunca consigo construir bons textos quando me fornecem temas, mas dessa vez eu (acho que) consegui, e quero muito que vocês vejam no que deu!

"Quando tudo já está ruim, algo pior acontece..." foi a frase na qual eu deveria me inspirar. Lá vai, hein? Espero que gostem! =) beijones, e até :*



Tem-se jeito!

Nada é tão ruim que não possa piorar! E isso é provado no nosso próprio dia-a-dia, no decorrer do tempo. É fato: quando nós achamos que tudo está indo mal o suficiente, algo pior ainda acontece. Parece até piada.

Por exemplo: você é uma pessoa super pontual, e nunca perde o horário; mas dia desses aconteceu de acordar muito tarde, atrasadíssimo. Quanta infelicidade. Quando viu, mal lavou o rosto, trocou de roupa e já estava chegando no trabalho. Chegando lá, naquele prédio altíssimo, no qual você trabalha no último andar, o elevador nunca chega; e assim, lenta e dolorosamente, você vai se estressando.

Linha de chegada. Pronto, agora você acha que está tudo bem e nada mais lhe atrapalhará... errado. Seu notebook ficou em casa, na pressa. Certo, certo... depois de xingar o mundo e todas as suas gerações, se acalmou e viu que dá para usar o computador da empresa. O resto do dia... uma irritação atrás da outra.

Hora de voltar para casa (Deus é pai!). Sai alegremente saltitante, para se deparar com um tráfego gigante, e que, segundo a rádio, está com quinze quilômetros de trânsito parado. "Calma" é a palavra que você repete um milhão de vezes até o momento em que mete a mão na buzina. Duas horas depois, lar doce lar. Ou não. Porque você lembrou que tem o chuveiro para consertar, tem que comprar manteiga e açúcar, e arrumar aquele armário cheio de tranqueira. Depois disso tudo, você só tem que desistir do seu fim de dia e ir dormir, não é? É. E no fim das contas é isso mesmo o que acontece.

Normal. Sempre assim. E o pior é que quando tudo está acontecendo, nós não pensamos em nenhuma solução original que possa tornar o dia menos ruim. Mas que sempre há um jeito de piorar o que já não está bom, isso ha´! Cabe a nós mesmos tentarmos reverter a situação, porque para tudo tem-se um jeito, mesmo que achemos que não. De qualquer forma, situações como essas serevem para nos ensinar, ou pelos menos, nos fazer dar um pouco de risada em meio a tanto caos, depois que tudo se acertou!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Aquarela infinda

O amor, como bem disse o poeta, corta e fere o coração... Por vezes nós o temos, e sequer vemos. Ou cremos demais, sem ver que talvez um dia venha o fim.
A cada paixão, então, faz abrir uma janela em seu peito, pois o amor é pássaro belo, que como qualquer outro, repousa num parapeito como quem se aninha no seio de uma mãe.
Por mais que hoje seu poema se borre em lágrima, deixe estar. O pranto rega o ser, faz nascer (ou renascer) no amanhã o sorriso plantado no fundo da alma. Há de brotar uma flor de alegria, colorindo sua vida com uma aquarela que nunca mais descolorirá.
Existe aqui e agora, o poder de mudar as coisas... Tristeza tem fim, sim! E com palavras, sorrisos e calorosos abraços, espero poder (ou podermos...) fazer abrir não só um, mas todos os sóis desta vasta vida.
Cante uma bela canção, sinta o mundo ao seu redor, dance ao som de nada, seja tudo e crie sua própria terra forjada de sonhos. Não há amor maior que o seu, nem coisa mais bela que tal.
Amor e felicidade não tem fim, tristeza... Tristeza tem SIM!


"Esquece, vai sorrir."